03/05/2017
Imagine acordar de manhã e perceber que metade do seu rosto está paralisado. É mais comum do que se pensa e pode acontecer com qualquer um. O vice-coordenador do departamento científico de doenças do neurônio motor da Academia Brasileira de Neurologia, Marco Antonio Chieia, explica que a paralisia de Bell é uma reação à inflamação no nervo facial. Em 75% dos casos, as causas são desconhecidas.
Na maioria dos casos, a paralisia não tem causa específica para se estabelecer de primeiro momento.
A pessoa começa com dor ao redor da orelha, depois sente fraqueza na musculatura facial, não consegue mexer a boca nem fechar os olhos. Posteriormente, todo o movimento da mandíbula fica comprometido, fica difícil movimentar a sobrancelha, assoviar, beijar. Isso acontece de forma progressiva pouco antes da paralisia. O mais característico é a dificuldade de fechar o olho, deixando a córnea exposta.
O nervo facial percorre os ossos da região temporal e se distribui. É um nervo incialmente motor, mas também ajuda na produção da lágrima, no controle da saliva e das papilas gustativas. E não tem relação com AVC, esclarece o neurologista.
A paralisia de Bell acomete apenas esse nervo facial e não tem nada a ver com AVC porque é localizado abaixo do encéfalo. Nestes casos, não há comprometimento do encéfalo nem do tronco cerebral. [No primeiro momento], o que diferencia as duas é a localização. A paralisia cerebral não acomete o andar superior da face — olhos e testa. Só prejudica a boca e a musculatura abaixo da boca.
Fonte: noticias.r7.com/saude